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Não a depressão
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A ajuda de amigos ou parentes é essencial para quem está deprimido. No entanto, é preciso fazê-lo de forma responsável. Vamos aprender a fazer isso?
Se alguém próximo a você está com depressão, saiba que ele ou ela provavelmente precisa da sua ajuda. Oferecer um ombro amigo e estimulá-la a se tratar são algumas das atitudes importantes e que podem evitar o agravamento do seu estado. Estado? Sim, porque depressão é doença.
Mas como o transtorno ainda é estigmatizado, pode ser difícil para o depressivo se abrir. O psiquiatra Luiz Scocca, membro da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) e da Associação Americana de Psiquiatria (APA), explica que pelo medo de ser julgada, a pessoa pode esconder a doença e tentar disfarçar os sinais. Por consequência, não procura ajuda médica e, muitas vezes, alivia os sintomas de modos prejudiciais, como abusando de bebidas alcoólicas.
Por isso, é importante saber identificar os sintomas da depressão e, em seguida, ir com cuidado até descobrir a melhor abordagem para ajudar o deprimido. “Os dois pilares da depressão são o humor depressivo, caracterizado por um sentimento de vazio, tristeza e falta de esperança, e a anedonia. Esta é a perda do prazer e do desejo de procurar coisas que sempre foram prazerosas”, conta.
Queixar-se constantemente de doenças ou dores, assim como a falta de energia, são outros sinais de alerta. Identificou os sintomas em alguém próximo? Chegou a hora de ajudá-lo. Veja o que você pode fazer:
1 - Ouça com atenção e acolha
Ouvir o que a pessoa tem a dizer é uma das melhores formas de ajudá-la. Olhe nos olhos, preste atenção e leve em consideração o que ela está dizendo. Não desmereça a sua condição. Exerça a empatia e ofereça o seu suporte e acolhimento, sem julgamentos.
2 - Estimule-a a procurar ajuda profissional
As suas intenções poderão ser as melhores, mas elas não substituirão o tratamento de um profissional. “É extremamente importante procurar ajuda profissional. Muitas vezes, a pessoa não quer. Deve-se ser resiliente e continuar sugerindo a consulta com um médico”, diz Luiz.
O psiquiatra conta que a maioria dos seus pacientes chega ao consultório acompanhada de um amigo ou parente -- principalmente os homens, que normalmente são mais relutantes em procurar ajuda do que as mulheres. Uma das formas de estimular quem está em depressão a ir ao médico é procurar um bom profissional e se oferecer para marcar a consulta. Além disso, sugira acompanhá-lo.
Relacionamentos, segundo Scocca, são um fator de proteção para quem tem depressão. Pessoas muito sozinhas estão mais suscetíveis a sofrer com a doença até que se agrave. Já quem tem bons amigos ou familiares próximos pode contar com essa ajuda para buscar tratamento.
3 - Desencoraje o consumo de álcool e drogas
Álcool e drogas são válvulas de escape para quem tem depressão. Porém, são muito perigosas, pois podem piorar o quadro pelo seu efeito depressor. Portanto, você pode convidar o seu amigo para socializar e se distrair, mas não o estimule a beber ou a usar qualquer tipo de droga.
4 - Sugira a prática de esportes
A atividade física é uma grande aliada de quem está em depressão. Junto a outros métodos de tratamento, pode melhorar o humor e qualidade de vida. Para estimulá-lo a se exercitar, convide-o para caminhar, praticar algum esporte de grupo, participar de alguma aula ou ir à academia. Além de fazer bem para corpo e mente, a atividade física é um incentivo para sair de casa e socializar.
5 - Incentive a socialização
Quando a pessoa em tratamento estiver se sentindo mais forte ou disposta, você pode tentar animá-la a sair de casa e a socializar com outras pessoas. No começo provavelmente será difícil e ela irá relutar. Mas não desista e muito menos leve as negativas para o lado pessoal. Continue convidando para passeios ou atividade sociais, uma de cada vez, até que uma hora ela vai dizer sim.
6 - Reforce o fato de que a depressão é uma doença que tem tratamento
A depressão não é um transtorno simples, que pode ser superada sem ajuda. Mas é completamente tratável. No início do tratamento, há um período de adaptação e pode ser difícil enxergar um horizonte. Mas é importante lembrar a pessoa deprimida de que, na grande maioria dos casos, o tratamento funciona. Ou seja, uma hora ela vai se sentir melhor.
7 - Não ignore comentários suicidas
Existe uma ideia muito difundida no Brasil que diz que “quem vai se matar não avisa ou tenta, apenas se mata”. Isso é completamente falso. De acordo com Luiz Scocca, metade das pessoas que tentam se suicidar realmente conseguem. Além disso, 35% das tentativas malsucedidas são realizadas de novo dentro de um ano.
Portanto, nunca ignore um comentário sobre suicídio. Pelo contrário, leve-o a sério. Nesse caso, o que você pode fazer é conversar com a pessoa sobre isso e estimulá-la a procurar ajuda profissional o quanto antes. Avisar o terapeuta ou o psiquiatra responsável pelo caso também é uma saída.
Além de nunca ignorar um comentário suicida, não atrapalhe o andamento do tratamento. Isso significa não insistir em concepções falsas sobre a depressão, como a ideia de que é frescura ou uma tristeza passageira. Negar a existência da doença também é perigoso, assim como refutar automaticamente um comentário sobre suicídio.
O ideal, portanto, é oferecer o seu apoio com responsabilidade. Pronto para ajudar?
Se alguém próximo a você está com depressão, saiba que ele ou ela provavelmente precisa da sua ajuda. Oferecer um ombro amigo e estimulá-la a se tratar são algumas das atitudes importantes e que podem evitar o agravamento do seu estado. Estado? Sim, porque depressão é doença.
Mas como o transtorno ainda é estigmatizado, pode ser difícil para o depressivo se abrir. O psiquiatra Luiz Scocca, membro da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) e da Associação Americana de Psiquiatria (APA), explica que pelo medo de ser julgada, a pessoa pode esconder a doença e tentar disfarçar os sinais. Por consequência, não procura ajuda médica e, muitas vezes, alivia os sintomas de modos prejudiciais, como abusando de bebidas alcoólicas.
Por isso, é importante saber identificar os sintomas da depressão e, em seguida, ir com cuidado até descobrir a melhor abordagem para ajudar o deprimido. “Os dois pilares da depressão são o humor depressivo, caracterizado por um sentimento de vazio, tristeza e falta de esperança, e a anedonia. Esta é a perda do prazer e do desejo de procurar coisas que sempre foram prazerosas”, conta.
Queixar-se constantemente de doenças ou dores, assim como a falta de energia, são outros sinais de alerta. Identificou os sintomas em alguém próximo? Chegou a hora de ajudá-lo. Veja o que você pode fazer:
1 - Ouça com atenção e acolha
Ouvir o que a pessoa tem a dizer é uma das melhores formas de ajudá-la. Olhe nos olhos, preste atenção e leve em consideração o que ela está dizendo. Não desmereça a sua condição. Exerça a empatia e ofereça o seu suporte e acolhimento, sem julgamentos.
2 - Estimule-a a procurar ajuda profissional
As suas intenções poderão ser as melhores, mas elas não substituirão o tratamento de um profissional. “É extremamente importante procurar ajuda profissional. Muitas vezes, a pessoa não quer. Deve-se ser resiliente e continuar sugerindo a consulta com um médico”, diz Luiz.
O psiquiatra conta que a maioria dos seus pacientes chega ao consultório acompanhada de um amigo ou parente -- principalmente os homens, que normalmente são mais relutantes em procurar ajuda do que as mulheres. Uma das formas de estimular quem está em depressão a ir ao médico é procurar um bom profissional e se oferecer para marcar a consulta. Além disso, sugira acompanhá-lo.
Relacionamentos, segundo Scocca, são um fator de proteção para quem tem depressão. Pessoas muito sozinhas estão mais suscetíveis a sofrer com a doença até que se agrave. Já quem tem bons amigos ou familiares próximos pode contar com essa ajuda para buscar tratamento.
3 - Desencoraje o consumo de álcool e drogas
Álcool e drogas são válvulas de escape para quem tem depressão. Porém, são muito perigosas, pois podem piorar o quadro pelo seu efeito depressor. Portanto, você pode convidar o seu amigo para socializar e se distrair, mas não o estimule a beber ou a usar qualquer tipo de droga.
4 - Sugira a prática de esportes
A atividade física é uma grande aliada de quem está em depressão. Junto a outros métodos de tratamento, pode melhorar o humor e qualidade de vida. Para estimulá-lo a se exercitar, convide-o para caminhar, praticar algum esporte de grupo, participar de alguma aula ou ir à academia. Além de fazer bem para corpo e mente, a atividade física é um incentivo para sair de casa e socializar.
5 - Incentive a socialização
Quando a pessoa em tratamento estiver se sentindo mais forte ou disposta, você pode tentar animá-la a sair de casa e a socializar com outras pessoas. No começo provavelmente será difícil e ela irá relutar. Mas não desista e muito menos leve as negativas para o lado pessoal. Continue convidando para passeios ou atividade sociais, uma de cada vez, até que uma hora ela vai dizer sim.
6 - Reforce o fato de que a depressão é uma doença que tem tratamento
A depressão não é um transtorno simples, que pode ser superada sem ajuda. Mas é completamente tratável. No início do tratamento, há um período de adaptação e pode ser difícil enxergar um horizonte. Mas é importante lembrar a pessoa deprimida de que, na grande maioria dos casos, o tratamento funciona. Ou seja, uma hora ela vai se sentir melhor.
7 - Não ignore comentários suicidas
Existe uma ideia muito difundida no Brasil que diz que “quem vai se matar não avisa ou tenta, apenas se mata”. Isso é completamente falso. De acordo com Luiz Scocca, metade das pessoas que tentam se suicidar realmente conseguem. Além disso, 35% das tentativas malsucedidas são realizadas de novo dentro de um ano.
Portanto, nunca ignore um comentário sobre suicídio. Pelo contrário, leve-o a sério. Nesse caso, o que você pode fazer é conversar com a pessoa sobre isso e estimulá-la a procurar ajuda profissional o quanto antes. Avisar o terapeuta ou o psiquiatra responsável pelo caso também é uma saída.
Além de nunca ignorar um comentário suicida, não atrapalhe o andamento do tratamento. Isso significa não insistir em concepções falsas sobre a depressão, como a ideia de que é frescura ou uma tristeza passageira. Negar a existência da doença também é perigoso, assim como refutar automaticamente um comentário sobre suicídio.
O ideal, portanto, é oferecer o seu apoio com responsabilidade. Pronto para ajudar?
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